Desde 01 de Março de 2022

Elegia À Primavera Em Prosa e Verso

Vânia Moreira Diniz

Eis que Chega a Primavera
Vânia Moreira Diniz

PROSA

Eis que está chegando a primavera bela e colorida, a estação mais festejada do ano com sua luminosidade, alegria, doçura e trazendo-nos o canto dos pássaros, convidando-nos a festejar.

Esperança na natureza colorida, na dança das folhas verdes, nas flores multicores, nas árvores robustas, na beleza que nos foi legada, fonte de vida e amor. Mistérios na energia do universo e que nos é transmitida.

Cada estação tem seus segredos escondidos magicamente no desenvolver de seu ritmo de duração, todos eles legam a esperança do seu reinado nas alegrias características e intrínsecas seja o verão, inverno, outono ou primavera.

A estação das flores carrega perene alegria e tudo se faz mais intenso, sentimos sensações renovadas e fascinantes, os pássaros voam a intervalos de distância como se quisessem avaliar seu tempo e potencialidades, o céu é mais azul, as estrelas brilham com tanto fulgor que nos encantam e o sol dourado nasce precioso e acolhedor.
Quando o dia amanhece a despeito de qualquer tristeza que possamos guardar a graça e o enlevo que experimentamos é tão suave e maravilhoso, que nos convida à concentração, reflexões e ao olhar admirativo e respeitoso frente ao que se nos apresenta de magnífico o nosso planeta.

E a melancolia de saber que temos irmãos aqui ou em lugares perto ou distantes sofrendo a miséria, o desconforto ou brutalidades imensas nos faz pedir à mãe-natureza que propicie uma vida melhor com o mínimo de dignidade porque todos merecem usufruir o encanto da alegria e da felicidade.

Apelamos para a primavera em cores tão esfuziantes, para que unam os homens e todas as criaturas, hóspedes temporários deste mundo, necessitando usufruir a beleza e o mistério que trazem sensações sedutoras, enriquecendo a alma que faz uma passagem pela terra e depois se renderá à felicidade plena levando memórias de imagens e amor.
Contemplo e ouço com ternura todos os elementos criados, flores em profusão de tons, árvores gigantescas carregando os mais variados frutos, a terra que guardará raízes contendo húmus fertilizador, o gorjeio dos pássaros e o silencioso caminho dos rios e lagos, o eco do mar majestoso em ondas avassaladoras, tão brancas e espumentas, o bramir do vento em sua onipotência, a voz harmoniosa do ser humano e mais me convenço do poder da esperança nesses dias em que se inicia a primavera.
E com o perfume das rosas, despertam sonhos que pareciam adormecidos, mas estavam simplesmente descansando de sua ânsia de realização e entoam canções de fé, certos de que não podemos viver sem eles. A primavera os ressuscitou e então caminhamos na certeza de um futuro abraçando-os como única maneira de acreditar em nós mesmos
Seja bem vinda primavera gentil, que vem para reinar nesses meses de ventura, com seu ar tépido e enfeitiçador e cujo horizonte longínquo se reveste de todas as cores transformando o limite do real e do irreal. Venha, nós lhe esperamos seduzidos de carinho e esperançosos do regozijo que deveria ser a sensação mais duradoura da humanidade.

Eis que chega a primavera.

VERSO

Sinto em meu peito a natureza a se expandir,
Farta, bela, suave no horizonte colorido,
E me detenho em cada espaço de vida e de canção,
Que em orgia festejam delirantes a primavera.

As cores que se multiplicam em arco-íris,
Expressando em nuances a paixão do universo,
Explodindo em orgasmo de beleza a estação,
Que o planeta comemora esplendoroso.

O sol a chamejar em luz diáfana e amarelada,
Iluminando as flores aveludadas do caminho,
O céu azul como um manto diáfano e belo,
E a primavera a eclodir em gritos naturais.

Os corações dos habitantes do planeta em vibração,
fascinados transidos de amor em evolução aconchegante,
A alegria que conduz à namoros e romantismos,
E a paixão a circular intensa liderada pela primavera.

Primavera, rosa, azul, dourado, sol. Luz e estrelas,
Todo um conglomerado das riquezas do universo,
Circulando como um tesouro de brilhos e fulgor,
E a magia transcendendo qualquer eventual tristeza

Vânia Moreira Diniz

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