Desde 01 de Março de 2022

Fluminense, eu te amo…

Vânia Moreira Diniz - escritora

Fluminense, anos da minha adolescência.
A meninada reunida em alegres festas,
Shows com orquestras de sons retumbantes,
Os olhares que nada perdiam em curiosidades,
E a voz sonora e doce a emitir sons ritmados.

Fluminense, que relembra saudosamente,
Os anos idos e vividos com intensidade,
Os teatros interpretados com paixão,
As brigas costumeiras entre gerações,
Os namoros em cada canto dos pátios,
E a vida intensa dos jovens tricolores.

Enquanto a música tocava suavemente
E os pares abraçados interpretavam o ritmo,
Vivendo romances e sentindo prazeres,
O Fluminense abrigava feliz e escrevia
A história que contaria depois.

O barulho, a algazarra, a mocidade
Que se divertia sem tréguas,
Os corações que batiam alvoroçados,
E não acreditavam que o tempo passaria.

Festa da Primavera era em setembro,
Todos jorrando entusiasmo envergavam
Trajes coloridos e as meninas faceiras,
Não sabiam que a vida continuaria.

Junho, festa junina, fantasias estilizadas,
Bombas a estourar mostrando desenhos
Exóticos que realçavam o brilho do dia,
E a adolescência a vibrar num eco só.

Fluminense, não me esqueças, nunca.
Jamais deixarei de lembrar a sede imensa
Onde tantas vezes por semana frequentava feliz,
E que me trouxe alegrias incontáveis,
Intraduzíveis no seu conteúdo real.

Não me importa o que foi ou que és hoje.
Tudo que sei expressar é o carinho
De meus adolescentes dias, onde carregava
A esperança, os sonhos e o amor.
Em suas dependências familiares
Fui feliz conheci a fortuna maior
Que é o sentimento em todo seu calor.
Fluminense, eu te amo…

Vânia Moreira Diniz

Conteúdo atualizado pela equipe Essenciar

Compartilhar Artigo:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

RELACIONADOS

Você também pode gostar

Minha amiga Laura

Eu a conheci há muitos anos, quando atravessava momentos difíceis. Era uma mulher belíssima, alguns anos mais velha, e possuía um carisma que poucas vezes

Terceira carta do amor insone

Para Vaninha Moreira Diniz Luiz Alberto Machado Todas as manhãs, Vaninha, tal como o mar que nunca dorme, eu fico à espera que mede o

Segunda carta do amor insone

Para Vaninha Moreira Diniz Luiz Alberto Machado Não só falarei das manhãs esplêndidas de outubro, Vaninha, musa minha, mas das tantas manhãs de penumbra diáfana

plugins premium WordPress