O natal se aproxima cada vez mais e o movimento nas lojas é impressionante no afã de comprar presentes e consumir como se a vida fosse ininterrupta. As luzes querem quase competir com as estrelas e a lua. E existe uma magia que não se equilibra enquanto estamos assim parados contemplando o movimento fascinante.
Papai Noel, sua figura perdura em nossas lembranças, no deslumbramento de certos momentos e jamais poderemos esquecer o velhinho que se imiscuiu para sempre em nosso coração. Não podemos sentir seu toque físico, de um abraço, de suas mãos quentes em nosso rosto e do meigo olhar a contemplar-nos. Mas certamente é real, porque ficou como um mito no coração e jamais finalizará sua estadia encantada.
A figura tradicional de barbas brancas, bastão para equilibrar os passos, roupa vermelha, e expressão suave nos olhos azuis continuará a seduzir as crianças e afagar a alma dos adultos.
Esse papai Noel quem sabe, numa fantasia maravilhosa poderá vir agora enternecer as crianças pobres que nunca sentiram o feitiço tentador de sua presença e nem aquela espera ansiosa, mas trepidante nos dias que antecediam ao natal?
Porque foste embora, papai Noel, por que? Não imaginamos mais a época em que começa sua viagem das paragens frias em que vive para o calor abrasante dos meses de verão e por que, onipotente e bondoso não começa seu caminhar cedo para que possa atingir todos os cantos do mundo e ensinar finalmente que todos somos iguais e que preconceito não pode existir?
AH, natal de brilho intenso, o sonho de poder tocar em cada esperança, com a certeza da infinitude incompreendida, natal dos brinquedos encantados a arrebatar a imaginação das crianças e dos desejos a atiçar o cérebro dos adultos. Papai Noel, procura trazer para a humanidade a esperança, o amor, a solidariedade e o carinho embrulhados em papel de seda para que todos, sem exceção possam sentir expectativa e entusiasmo.
Com seu poder ilimitado vamos sonhar que jamais a desesperança se infiltre nesse planeta ainda mais do que existe e traga a certeza de dias melhores, a ausência de doenças e da miséria que ofendem a dignidade do ser humano.
Queremos voltar a acreditar na figura lendária que se afastou até em dias que antecedem o natal e já não transmitem a magia de uma presença solidária, em presentes ofertados com generosidade e da bondade que pressentíamos embora não entendêssemos discriminações profundas.
Vem querido papai Noel, deixe que possamos acreditar, crer, sentir o fascínio que levou consigo, mas que conservamos em nossas almas. Vem nós lhe esperamos. E esperamos principalmente que nos traga esperanças, confiança, certeza, ausência de miséria, mas ainda embrulhados em papel prateado para que possamos sonhar. Traga-nos o sonho, doce velhinho, traga-nos o sonho, o bem precioso que recorreremos em horas precisas. Nesse natal queremos o sonho.
Vânia Moreira Diniz
Conteúdo atualizado pela equipe Essenciar