Hoje é mais um dia especial para mim. Chegou da editora meu livro infanto-juvenil “Ciganinha”. Livros são como filhos. Cada um tem um valor especial, diferente, mas todos são igualmente importantes e amados. Pelo menos para quem os escreveu.
Não sei por que quando cada um deles é concluído, meu coração bate acelerado e a emoção me domina de uma tal forma que as lágrimas descem como uma torrente. Talvez seja a minha maneira de comemorar ou agradecer ao Senhor do Universo por estar me permitindo realizar meus mais queridos sonhos.
Não importa que o caminho tenha sido difícil, cheio de pedregulhos e áspero e tenha por vezes me machucado na caminhada. O importante é que já cheguei vibrante de felicidade a diversos portos, mas, claro nada disso seria possível não fosse o empenho de muita gente que me cercou desde que nasci. Amparando-me, ensinando-me e indicando-me um atalho seguro que tornasse o caminho mais curto e sem acidentes. E principalmente passando-me conhecimentos e experiência por intermédio de um sentimento raro hoje em dia chamado amor.
Hoje minhas palavras são de agradecimento. Uma oportunidade de levar a tantos que me lêem e na direção certa a minha gratidão. E a outros que me ouvem no espaço de luz e sabedoria, além do que calculamos, e que saberão compreender as minhas palavras e avaliá-las.
Nesse momento, quando pude tocar carinhosamente o livro Ciganinha, estava na verdade tentando acariciar essas pessoas e dizer-lhes o quanto as amo. E como compreendo a afeição e generosidade, desvelo e solicitude que tiveram comigo.
Ciganinha é a vida de uma menina entre 7 e 13 anos que pôde conviver com pessoas muito especiais, partilhar alegrias, tristezas, devanear e se entusiasmar, doar-se e aprender, tirando de cada episódio uma lição de vida. Ciganinha conseguiu entender que acima dos reveses que a existência pode oferecer, existem sentimentos e sensações que são superiores a qualquer momento difícil. E que jamais esqueceremos. Ficarão indeléveis, resistentes, maravilhosamente fascinantes a lembrar pela vida afora o valor disso tudo. E será um sustentáculo e um guia seguro e vigoroso.
Ao reler meu próprio livro, pude avaliar o quanto a vida tem sido magnânima comigo expresso em sorrisos sinceros. E também em especial esse livro me empolga pela forma que foi escrito, em circunstâncias tiradas de momentos muitos felizes que vivi nesses últimos anos. Entre delírios e paixões, risos e choros, o contraste especial que eu curto intensamente.
Ciganinha está aqui. Antes eram pensamentos, lembranças e imaginação que pertencia apenas a mim, mas agora será de todos que me lerem. Eu estou passando parte da existência de Ciganinha para muitos leitores que apreciando ou não, ficarão a par dos passos e anseios de uma menininha delirante e sonhadora. Sei que cuidarão bem dela ao vê-la na capa em cores azul e amarela que tanto amou e tenho certeza deve continuar a gostar. Portanto eu apresento a vocês nesse minuto “Ciganinha”, um dos meus livros, um dos meus filhos da imaginação e do coração, fruto da ternura, legado que recebi de pessoas que me amam e me orientaram no caminho da minha estrada.
Vânia Moreira Diniz
Conteúdo atualizado pela equipe Essenciar