Frequentemente, recordo uma figura ternamente especial que partiu há anos. Ela foi o pilar de apoio em todos os momentos, felizes ou tristes, da minha vida. Sempre a chamei de babá, mesmo na vida adulta, pois outro termo não parecia adequado. Sua força foi extraordinária, protegendo-me até mesmo de um incidente que poderia ter sido fatal.
Ela cuidou de todos na família, mas comigo havia um zelo especial. Mesmo criança, eu sentia seu carinho único ao me abraçar. Ela era puramente mãe e nada mais almejava.
Conhecia meus segredos e minha história melhor que minha própria mãe. Era a ela que eu corria para compartilhar novidades e conquistas que me enchiam de alegria.
Havia uma pureza e dedicação nela, um amor profundo por uma filha não biológica, que ainda hoje me emociona profundamente. Eu a amava como se fosse minha mãe e ainda choro ao lembrar dela.
Quando nasci, ela já estava com meus avós, que criaram seu filho com muito amor. A generosidade e nobreza que testemunhei nela sempre me impressionaram. Ela foi corajosa e protetora, especialmente comigo em momentos difíceis.
Sua tristeza quando me mudei para Brasília foi tão intensa que senti uma dor profunda ao ver seu desespero. Saudade que machuca como dor física – um sentimento já conhecido por mim.
Seu nome era Joaquina, mas a família a chamava de mãequina. Eu, acostumada desde o berço, sempre a chamei de babá. Nunca encontrei bondade tão tocante e genuína quanto a dela.
Ela iluminou minha infância, defendeu-me das adversidades, chorou e riu comigo incontáveis vezes. Esteve ao meu lado nos momentos difíceis, com paciência e carinho, mesmo quando eu estava distante ou silenciosa. Joaquina permanece viva e presente no meu coração.
Conteúdo atualizado pela equipe Essenciar
Uma resposta
Olá, minha querida. Que boa recordação! É bom lembrar da mãequina/ babá com tanto amor!
Bjs,
Gacy Simas