Reflexões surgem em minha mente como cenas de um filme vívido, tão claras quanto as memórias de ontem. A capacidade do cérebro me deixa em êxtase, pois é um santuário inexplorado, um enigma que permanece intocado. Com o avanço acelerado da tecnologia, talvez um dia possamos desvendar os segredos desse eu interior. Em pensamento, viajei por entre multidões, revivi momentos de alegria e enfrentei aqueles que preferiria esquecer. Explorei territórios desconhecidos e nadei em mares de pensamentos.
A memória distante traz lembranças de forma inquietante, e as sensações que acompanham não são tão definidas quanto gostaríamos. Frequentemente, percebo que certos pensamentos já me guiaram por caminhos desconhecidos, deixando-me desorientada. Busco o autoconhecimento através das emoções que me invadem, mas é necessário um mergulho profundo em nosso ser para alcançar verdadeira compreensão.
Em momentos de quietude, quando me perco nas memórias mais remotas, o mistério persiste, resguardado em algum recanto de minha experiência emocional. Essas recordações parecem arquivadas em um registro oculto, que, embora escondido, nunca se apaga. Quando ativadas por algum gatilho, elas emergem com clareza, ainda que por um breve instante. Sofrimentos, dores e traumas residem no inconsciente, mas às vezes, uma palavra capturada pelo consciente revela o que julgávamos estar escondido.
O encanto do cérebro sempre me cativou. Ele é o maestro de todo o corpo, e por isso, merece meu respeito e admiração profundos. Até mesmo o emocional, que dita o ritmo de nossas vidas e o mistério da felicidade, depende de suas instruções.
Vânia Moreira Diniz 27/05/2025
Conteúdo atualizado pela equipe Essenciar