Acima de todas as conquistas devemos conservar a o maior dom que temos: A Mágica de ser mulher
Aprendi a ter orgulho de ser mulher desde que tomei conhecimento da vida. Nada podia ser mais enaltecido em minha família do que a figura ímpar da mulher. De tudo que ouvia falar na minha infância estava ela ali, imponente e magnífica em todos os aspectos.
Olhava para os lados e via muita admiração à minha volta. Assim foi o lar que cresci. Tive muitas e fortes divergências com meu pai, e por vezes meus olhos enchiam-se de lágrimas ao contemplar seus profundos e expressivos olhos azuis. Mas nunca, em nenhuma oportunidade, nem nos momentos mais conflitantes, encostou a mão nem de leve em minhas irmãs ou em mim, como gesto de agressão.
Minha mãe estava sempre altiva, a manter segurança e conservar uma confiança natural, que expandia certa de seu valor, e acostumei-me a vê-la sempre admirada e majestosa. Claro que sabia e convivia com algumas pessoas que ainda se sentiam oprimidas e infelizes. Falava-se muito na evolução da mulher e nos direitos inerentes, e as ativistas, a todo o momento, impunham as ideias da supremacia que deveria existir ou conquistarmos.
Havia, entretanto os hábitos machistas enraizados, e até leis que ainda protegiam a subserviência feminina, que aos poucos estava sendo combatida com veemência, propiciando a vitória que sorria com ânimo e certeza.
Olhava para o mundo empolgado por pertencer a um sexo que se doava incessantemente, mas que tinha em contraposição alegrias e prazeres especiais, oriundas dessa categoria privilegiada, e cuja liberdade e independência surgiam apesar de todos os preconceitos.
Adquirimos direitos que nossas avós jamais sonharam um dia, entretanto não podemos esquecer que ao lado da liberdade, do livre arbítrio, da facilidade de andar e escolher nossos próprios destinos e ter um lugar ao sol, que nos conduz à legitimidade de direitos e deveres, somos realmente mulher. E acima de tudo devemos preservar a todo o custo a feminilidade, fascínio e encanto de todas nós.
O difícil não é vencermos as batalhas que enfrentamos e nas quais hasteamos uma bandeira de lutas gloriosas, porém obter isso tudo, conservando a mágica de ser mulher.
Vânia Moreira Diniz
Dia Internacional da Mulher