Bairro querido
Tão delicado,
Arborizado e amigo
Cuja visão
Permanece
Em meus sonhos,
Estranhos,
Em noites de sono
Sereno.
Continua
Em meu pensamento,
Enriquece minha vida
Com suaves,
Leves,
Paisagens exóticas
E maravilhosas.
Grajaú, elegante, garboso.
Que sugere
Juventude em flor,
Calor,
Ardor.
Nunca esquecerei das manhãs
Alegres, tão amenas,
As ruas coloridas,
As casas alinhadas e belas,
E com carinho
Lembrarei sempre delas.
Nas noites quentes de verão
Da varanda enxergava,
Observava,
As pessoas conversando animadas,
Entusiasmadas,
E meu coração batia
Com emoção
Ao sentir a lua
Bem em cima
Enquanto olhava distraída a rua.
Bairro que admirava
No tempo fagueiro,
Tão estimulante e ligeiro,
Que foi meu lar
E que com carinho e meiguice
Aprendi a amar.
Doces amigos fiéis,
As moradas bonitas e graciosas,
O asfalto liso e convidativo
Nos passeios de improviso,
Em dias ensolarados,
Encantados,
Em ternos momentos.
As pessoas reunidas,
A visita de meu irmão saudoso,
As nossas conversas agradáveis,
Calorosas,
Amenas,
Engraçadas,
A mocidade vertendo
Veemente entusiasmo.
A alegria,
Rondando,
Sondando,
Com prazer.
A memória insistente,
Continua,
Insinua,
Figuras de alegre tempo
vivido
No bairro insinuante
charmoso
E atraente
Que percorri no passado
Tão contente.
Grajaú,
Ornada de viço,
Cercada de lirismo
E recordada,
Lembrada,
Com saudade.
Vânia Moreira Diniz