Fluminense, anos da minha adolescência.
A meninada reunida em alegres festas,
Shows com orquestras de sons retumbantes,
Os olhares que nada perdiam em curiosidades,
E a voz sonora e doce a emitir sons ritmados.
Fluminense, que relembra saudosamente,
Os anos idos e vividos com intensidade,
Os teatros interpretados com paixão,
As brigas costumeiras entre gerações,
Os namoros em cada canto dos pátios,
E a vida intensa dos jovens tricolores.
Enquanto a música tocava suavemente
E os pares abraçados interpretavam o ritmo,
Vivendo romances e sentindo prazeres,
O Fluminense abrigava feliz e escrevia
A história que contaria depois.
O barulho, a algazarra, a mocidade
Que se divertia sem tréguas,
Os corações que batiam alvoroçados,
E não acreditavam que o tempo passaria.
Festa da Primavera era em setembro,
Todos jorrando entusiasmo envergavam
Trajes coloridos e as meninas faceiras,
Não sabiam que a vida continuaria.
Junho, festa junina, fantasias estilizadas,
Bombas a estourar mostrando desenhos
Exóticos que realçavam o brilho do dia,
E a adolescência a vibrar num eco só.
Fluminense, não me esqueças, nunca.
Jamais deixarei de lembrar a sede imensa
Onde tantas vezes por semana frequentava feliz,
E que me trouxe alegrias incontáveis,
Intraduzíveis no seu conteúdo real.
Não me importa o que foi ou que és hoje.
Tudo que sei expressar é o carinho
De meus adolescentes dias, onde carregava
A esperança, os sonhos e o amor.
Em suas dependências familiares
Fui feliz conheci a fortuna maior
Que é o sentimento em todo seu calor.
Fluminense, eu te amo…
Vânia Moreira Diniz
Conteúdo atualizado pela equipe Essenciar