Esperança é a única sensação, que pode aliviar qualquer dor ou desilusão que aflora nos momentos de hoje com grande freqüência. Sem ela, não haveria resistência possível e estaríamos dominados por emoções negativas. A resistência estaria minada e os passos se congelariam pelo caminho.
Esse ano, em meio às intempéries que nos assolaram e vendo, a cada dia, aumentar cada vez mais a miséria, a esperança é a grande impulsionadora que nos faz confiar num futuro menos acre e mais risonho. E, ter quase certeza, que resistiremos aos males que chegam inesperadamente.
O fim do ano está se aproximando com passos céleres, ocultando os mistérios que se transformarão em realidade, carregando sonhos, visões, anseios, fantasias, pessoas que se congratulam e dão suas boas-vindas, na expectativa de bons momentos futuros.
A espera do horizonte, que imaginamos promissor é a responsável pelos sorrisos de felicidade e alegria, imaginando que o sol nasça todos os dias e com igual fulgor. Caminhamos de rosto erguido, luz no olhar, esperançoso dos instantes que virão sem obstáculos, à aspiração da sonhada prosperidade.
E a felicidade, complexa e metamorfoseando ideais diferentes para cada pessoa, resplandece cheia de beleza e brilho na forma de amores impossíveis, fortuna, talento, sucesso, fama ou simplesmente, a desejada paz e saúde.
Tudo isso aparece em perspectiva, com cores variadas e fortes, nesse final de uma época na qual já vivemos experiências, sentimos alegrias inolvidáveis ou choramos emocionados.
Eis aí que surge a esperança, em qualquer fase de nossas vidas e se torna nosso guia e protetor. Com ela vencemos traumas dolorosos, manteremos alegrias prestes a extinguir-se e nos orientaremos em decisões difíceis. É como uma estrela chamejante, quando a escuridão domina. E está presente nas horas intensas, quando nosso coração exulta em saltos imaginários.
A esperança está acenando como sempre, esperando o futuro que se mostra, ainda tênue, porém firme em sua escalada. Resta-nos alimentá-la com nossa fé, deixando que nos indique a meta que seguiremos, sem, contudo, nos deixar ficar inertes ou acomodados. Ela será o lume e a flama que nos dará impulso a acreditar positivamente num horizonte próximo e já presente.
Quando tivermos certeza de sua aparição e conseguirmos visualizar os dias vibrantes, já estaremos vitoriosos. Teremos a certeza pelo menos, que podemos prosseguir, sem o entrave da passividade e ostentando a alegria, que é a labareda essencial para o aquecimento da verdadeira esperança.
Vânia Moreira Diniz