Estou nas fendas do meu inconsciente procurando-me, tentando encontrar a luz que divisei um dia com intensidade e não mais a encontrei.
E então sinto-me inquieta, duvidosa, dividida entre momentos e esperanças , insegura nas fissuras em que me seguro e desejando alcançar a luminosidade do dia que se foi e parece que não voltará nunca mais.
Não grito por socorro porque só causarei pânico e não voltarei mesmo integral e com vida.
Não quero mais chorar, apenas tentar sorrisos muito tênues para conviver, porque sem isso seria melhor afastar-me definitivamente e encontrar o vazio que se aproxima nos espaços ralos que me acolhem salvadores e nas nuvens cujo ensaio já tentei enveredar.
Mas não é tudo e insisto, mesmo que enfraquecida por sensações reais, porém sem compreender até onde meu cérebro consegue buscar essa força , de onde vem e para onde vai. Isso é difícil entender e mesmo aceitar quando minha alma enlouquecida pela dor e questionando o meu próprio ser, não entende que somos conduzidos originalmente pelo cérebro, mas talvez incitado por uma desesperança que embora passageira escurece nosso caminho.
E levanto do túnel escuro e procuro enxergar um brilho que não esperava. E foi justamente a consciência plena que começa a ter necessidade de ultrapassar as calçadas da vida que me diz que estou viva e íntegra. E essa lucidez esquadrinhará o caminho iluminado mais próximo a mim.
Conteúdo atualizado pela equipe Essenciar