Sinto a fagulha do dia bem cedo,
O sol nascendo e os reflexos iluminando,
Meu corpo explodindo de sensualidade,
No amarelado brilhante da natureza.
E quando sinto teu corpo que quero amar,
E me multiplico em mil sensações,
Todas elas a me arrepiar os sentidos,
Admiro o amarelo da manhã a nascer.
E as faíscas que vem chegando devagarzinho,
Enquanto dengosa demonstro meus desejos,
São como o dourado da esperança e da paixão,
Induzindo-me na troca iminente de carícias.
Sinto a rigidez de meu tesouro a transbordar,
Penetrando-me de mil maneiras enlouquecidas,
Meu corpo que você manuseia com arte,
Nossos corpos a agitar-se no amarelado do bronze.
E depois então o amarelo brilhante do apogeu,
Nossos risos a encantarem a alegria do prazer,
A vida a fascinar nossos rostos refletidos,
Nosso amor saciado no quarto em luz diáfana e amarela.
Vânia Moreira Diniz