Venho de mares profundos,
Onipotentes e solitários,
Petróleo cor de emoção,
Encrespado em brancas ondas.
Venho do oceano infinito,
Mágico de harmonia delirante,
Margeando grandes centros,
Liderando movimentos.
Venho de dentro daquele mar,
Que me embalou na infância,
Conheceu minhas dores,
Refletiu ecos de alegria.
Venho de sua imensidão,
Da plenitude invisível,
De energias inexauríveis,
Da correnteza copiosa e perene.
Venho banhada pelo húmus,
Restaurada na distância,
Revigorada e alerta,
Batizada nos verdes mares.
Venho com o verde no olhar,
De esperança borbulhando,
Acreditando na força,
Sorrindo entre as espumas.
Venho do fundo do mar,
Molhada, mas aquecida,
Nos segredos confiando,
Voando no espaço.
Vânia Moreira Diniz