Enlouqueço,
Quando sinto teu desejo incontrolado,
Nas doces madrugadas de amor,
Em que nossos gemidos ecoam
Lancinantes, com vigor.
Enlouqueço,
Quando percorres meu corpo insaciável,
A procura incessante em escalada,
Revigorando-me ansiosa e cativa,
Na escuridão plena e desconhecida.
Enlouqueço,
Quando sinto em teus lábios o sabor,
Do néctar dos deuses imaginado,
E já nada quero senão aquele momento,
Meu corpo convulso e deliciado.
Enlouqueço,
Quando minhas mãos te procuram ansiosas,
Quentes, escaldantes a transmitir calor,
E tua respiração se faz ofegante,
Dominado pelo instante de trepidante amor.
Enlouqueço,
Quando nossos corpos entrelaçados,
Esperam em agonia aquela fusão,
E vertiginosamente conseguimos o prazer,
Sempre diverso em sua intensa proporção.
Enlouqueço,
Enlouqueço da sensação a mais vibrante,
Nossos corpos canalizados num só
A gritarmos a vida que explode em gozo,
E só querendo ali permanecer para sempre sós.
Vânia Moreira Diniz