Entre os lençóis coloridos nós nos amamos,
E demos um ao outro no afã de saciar
Os desejos latentes e profundos,
O mais precioso de um ser humano.
Acariciamo-nos com sofreguidão,
E não pensamos em mais nada.
O clímax veio cheio de ardor e moído
Pela pressa e urgência da paixão.
Quando pela madrugada adormecemos,
Cansados e saciados , felizes nesse egoísmo
dos apaixonados amantes
Lembramo-nos então que nos esperavam
Nada nos importou naquele momento,
E pelo menos nesse encanto sublime,
Lembramo-nos que o direito supremo
E natural de todo ser humano é a felicidade
Que vem do amor e que dela depende.
Olhamo-nos e abraçados deixamos
O dia amanhecer engolfados pela luz
Prateada e infinita que nos cobria,
Como um manto peculiar e verdadeiro.
Compreendemos, então, que na pressa da felicidade,
esquecemo-nos até de detalhes como a certeza
que nada nem ninguém é maior que a felicidade
e o amor.
Paixão é palavra mágica, mas verdadeira,
Que acompanha os caminhos das criaturas,
E relutantes ou felizes em sua significação,
Torna-se magicamente real
Quando se nos apodera.
Vânia Moreira Diniz