Se eu fosse a lua dançaria no espaço
Iluminando as casas pequeninas e sem abrigo,
Esquentaria as pessoas que estivessem com frio,
Transmitiria um pouco de esperança em seu retiro.
Se eu fosse a lua desceria bem mais abaixo,
Para ser testemunha do amor e seu intenso segredo,
Compartilharia da própria conhecida fascinação,
E levaria para os que sofrem meu doce conforto.
Se eu fosse a lua não deixaria ninguém me esperando,
Pela felicidade transmitida em frenético murmúrio,
Conduziria com minha luz a paz daquele momento,
Ensinando aos mais tímidos a expressão do sentimento.
Se eu fosse a lua seria capaz de proibir a escuridão,
Em todas as suas formas de trevas ou simbolismos,
Teria o poder de transformar lágrimas em sorrisos,
E depois aqueceria aquele frio e sofrido coração.
Se eu fosse a lua pratearia de suavidade o universo,
Derramaria a claridade em diversos e variados caminhos,
Deixando que feixes de luz se projetassem em seu colorido,
E receberia da natureza o reflexo extasiante e poderoso.
Se eu fosse a lua expulsaria do mundo qualquer rancor,
Seria parceira dos encontros ardentes e apaixonados,
Agindo como constante e extraordinário afrodisíaco
E transformando tudo num paraíso de amor.
Se eu fosse a lua…
Vânia Moreira Diniz