Não sei se estou alegre ou triste, mas isso não é relevante. Minha alma, às vezes, recebe pensamentos que não consigo expressar. Retrocedo sem respostas claras. Um vazio envolve meu coração, e compreendo que alma e coração são dissonantes. As reflexões pairam acima de qualquer certeza.
O coração ama, entende, perdoa e deseja abraçar pessoas queridas, mesmo quando ferido. Sei que minha perspectiva difere de muitos mensageiros. A alma, por sua vez, repensa, admira a generosidade e busca aliviar o coração do excesso de compreensão, ansiedade e até perdão. Esses dois eixos são fundamentais em nossa vida emocional.
Surge o conflito: eles se tocam, mas não se entregam. Um precisa do outro para manter a saúde mental equilibrada. Coração e alma são essenciais. Às vezes, estão alinhados, mas frequentemente sentimos suas direções opostas. Como pertencem à mesma pessoa, as ponderações se tornam complexas.
O coração ama, enquanto a alma se ressente. O coração perdoa, e a alma reflete. O coração concilia, e a alma repensa. O coração é sensível, e a alma busca equilíbrio. Vivo entre esses dois, tentando conciliar e compreender a função de cada um, em meio a elucubrações que preenchem meu já congestionado cérebro.
A alma, mais estruturada, segue o caminho do coração, absorvendo mágoas e dores, vibrando juntos na alegria. Coração e alma são gestores, dominando o centro cerebral, dirigindo-o de maneira eficaz e judiciosa. Quando mergulho em mim mesma, percebo que ouvi-los e senti-los é essencial para viver harmoniosamente.
Vânia Moreira Diniz
Conteúdo atualizado pela Essenciar