Amei Monteiro Lobato na minha infância e porque não dizer até hoje. Ele foi o precursor de sonhos impossíveis, porém vividos naquelas páginas dos livros que escreveu. Para grande parte de adultos de hoje era um mágico, prestidigitador, de poderes indescritíveis que manejava o mundo real e enquadrava nele o imaginário.
Aprendi muito do que sei em seus famosos livros de valor inestimável, onde se misturavam os encantos de figuras como o príncipe do Reino das Águas claras e ao mesmo tempo o encanto da mitologia grega, a figura do Hércules maravilhoso cuja força empolgava, das Fábulas de La Fontaine com sua incrível sabedoria, a geografia ensinada por Dona Benta, O Poço do Visconde sobre o petróleo no Brasil e que em resultado lhe coube aborrecimentos e sofrimentos.
As histórias de carochinha tão comuns, mas relatadas ao sabor da linguagem popular de tia Nastácia, a Aritmética – o terror de nossos tempos de colégio envolvido de forma prazerosa, o País da Gramática tão faceiro e extrovertido e o Céu com todos os planetas, estrelas, constelações que nos levava a quase uma insanidade mental positiva e deslumbrante nas palavras e descrições do célebre autor paulista.
Vânia Moreira Diniz
Conteúdo atualizado pela equipe Essenciar