Erasmo Carlos partiu e sinto as lágrimas que descem e mesmo que queira contê-las, eu não poderia. A jovem guarda marcou a vida de várias gerações. Amo Roberto Carlos e todos que o acompanharam. E o Erasmo com todo o seu tamanho físico era uma pessoa muito doce. Deixou um acervo maravilhoso como compositor também e me emocionava todas as vezes que Roberto Carlos cantava “Amigo de fé”. E não só essa como muitas outras que iam direto ao coração. Não vamos esquecer você, Erasmo. Como poderíamos? No caminhar da vida outras pessoas foram se juntando a uma legião de fãs, que cantavam suas músicas, sentindo exatamente a extensão do sentimento desse compositor e cantor que deixou muitas e inesquecíveis lembranças. E hoje em nosso país que passa várias contradições, tristemente dividido e separado, dá saudade de uma época em que sentimento era união, força, carinho, amizade. Nesse momento, entendo porque as músicas da jovem guarda me tocavam tanto o coração. Pena é que éramos felizes e não sabíamos. Deveríamos ter homenageado muito mais esse artista que contribuiu intensamente para levar seu canto à gerações, não importando as idades, condições sociais ou qualquer outra diversidade. O que realmente importava era o sentimento que emanava de suas composições e a certeza que todo o povo brasileiro se unia numa mesma voz.
Obrigada, Erasmo. Acredito que esteja encontrando aí em uma outra galáxia vários artistas inesquecíveis e desejo que possa abraçá-los com sua gentileza e carinho. Obrigada porque nos deu a oportunidade de conhecê-lo e participar da sensibilidade que emanava de suas músicas.
Vá em paz com a certeza que não será esquecido. Vá em paz.
Vânia Moreira Diniz