Setembro lembra flores e natureza, primavera. Recorda que ainda existe beleza apesar de tantos acontecimentos tristes que o mundo nos oferece em atos de maldade e violência e que os jornais apresentam em suas edições que são desfiles de dores que assolam o mundo. E quanto mais a mídia se esmera nas cenas pungentes do dia a dia, demonstrando quase que é lamentoso viver, mais as pessoas se deprimem e se escondem em um mar de medo e agonia.
Setembro fascina por sua beleza e brilho. E admiramos o espetáculo maravilhoso da natureza que se aprimora sempre em suas manifestações.
Queremos viver esse mês especial cheio de riqueza em suas potencialidades magníficas e que costumamos brindar com a poesia e ternura da primavera onipotente.
Ela existe apesar dos lamentos, da exposição de misérias, da desesperança que lançam a cada passo, da descrição de doenças cada vez mais tristes e que em contraposição recebem o reflexo da negatividade natural de um povo sofrido.
Respondemos então com a fé num horizonte que não foi insinuado. Horizonte que vislumbram apesar da exploração contínua de sofrimentos de toda a espécie.
Desejamos “sentir” setembro, não só apreciarmos e desfrutarmos, porém viver da essência de seus dias coloridos e perfumados, do alento dos sonhos sugeridos e antevistos pela imaginação fecunda que os meses da estação das flores nos deixam entrever encantados.
A primavera está chegando devagarzinho e faceira trazendo os anos que se foram rápidos em constante nostalgia, os atuais que nos mostram a magia da vida presente com sua objetividade compensadora e atraente, em sensações acolhedoras e gentis. E o futuro que contemplamos muito longe com olhos na imaginação fascinante de fantasias desfiladas.
Setembro vem chegando faceira e dominadora, altiva e suave, esperançosa e titubeante carregando devagar e mansamente outra parte do ano que se esvai premente de deliberações importantes e procurando no aroma ambiental sua maior certeza de alegrias e prazeres.
Que setembro conduza não só à simpatia que expande, à primavera que enfeita e embeleza, às promessas de sonhos inebriantes, à suavidade da tepidez climática, mas transporte esperanças e maiores conquistas de valores reais, menos sofrimentos e a certeza de confiança nesse futuro que apesar de tudo transborda de pensamentos positivos.
Setembro aparece já com cores e vida, aroma requintado, sol quente nas manhãs luminosas a nos pedir que lhe dê um crédito de extrema confiança aprendendo a sorrir e a acreditar nesse mês especialmente gentil de expectativas e vida.
Queremos paz nessa guerra de nervos e de fatos contundentes que nossos olhos veem extremamente cansados de presenças tão constrangedoras. Ansiamos pela paz no enunciado de desgraças e de desesperanças, de dor e doenças, de decepções e mesquinharias inúteis. Desejamos paz nesse mês de setembro tão cheio de poesia, circundado pelo arco íris de cores vibrantes e esperançosas.
Vânia Moreira Diniz